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quinta-feira, 9 de maio de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Parceria inédita deve fortalecer a apicultura em Sobradinho-BA
Representantes do SAJUC (Serviço
de Assistência Socioambiental no Campo e Cidade), IRPAA (Instituto Regional da
Pequena Agropecuária Apropriada) e EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) se reuniram na ultima sexta (26 de abril de 2013) em Sobradinho.
O objetivo do encontro foi discutir ações conjuntas para o fortalecimento do
trabalho apícola no município.
De acordo com Aniceto Elias, um
dos técnicos do SAJUC, a ideia é “identificar pontos em comum, somar forças”,
para que o SAJUC e a EMBRAPA (que já desenvolvem projetos de apicultura em
Sobradinho) não realizem atividades sobrepostas. “É um trabalho de cooperação
com base nas potencialidades que cada projeto tem”, detalha Aniceto.
O SAJUC já desenvolve o PROFAPIS
(Programa de Apoio e Fomento à Apicultura), projeto financiado pela
BrazilFoundation. Já a EMBRAPA realiza o projeto Lago de Sobradinho, que recebe
financiamento da CHESF e prevê, entre outras atividades, o acompanhamento a
apicultores dos municípios da borda do lago.
Para Sérgio Azevedo, Engenheiro
Agrônomo (EMBRAPA) a expectativa é melhorar o ambiente natural e aumentar a
produção de mel. Ele estima que atualmente a produção esteja em aproximadamente
0,6l por colmeia. Sérgio espera que a quantidade aumente para 3l por ano.
O Engenheiro diz que para
alcançar a meta a EMBRAPA tem à disposição “a retaguarda tecnológica, insumos e
o conhecimento técnico que pode refinar o conhecimento dos apicultores. O SAJUC
tem a capilaridade necessária” para desenvolvimento das atividades.
Apiário Pedagógico – Para incentivar a formação de novos
apicultores será montado na Escola Família Agrícola de Sobradinho um apiário
pedagógico, onde os estudantes aprenderão técnicas de manejo.
Meliponicultura – As ações conjuntas visam também iniciar a prática
de manejo das abelhas nativas. Segundo Aniceto, há uma preocupação muita
grande, pois são estas abelhas que polinizam a maior parte das plantas da
região.
Desidratação de frutas – Durante a conversa Aniceto aproveitou para
apresentar brevemente um projeto voltado para a desidratação de frutas, que
utilizaria técnicas alternativas para realizar o processamento. “O projeto está
escrito, só falta a parte de engenharia civil”, revela o técnico.
Para Aniceto a desidratação de
frutas é viável, pois “hoje é desperdiçada uma grande quantidade de frutas,
principalmente durante o período de safra”.
Álvaro Luiz - Comunicação / SAJUC
domingo, 28 de abril de 2013
Caatinga ensina agricultores e agricultoras familiares a conviver com o Semiárido
A observação das estratégias de plantas e animais servem de estratégia para a boa convivência
A Caatinga, com sua fauna e flora, serve de exemplo para a convivência humana com o Semiárido. O bioma predominante no Nordeste brasileiro ocupa aproximadamente 10% do território nacional e resiste às ações destrutivas do homem desde a colonização. Neste domingo (28) foi celebrado o dia da Caatinga.
Para o engenheiro agrônomo e coordenador do Irpaa, Haroldo Schistek, as plantas nativas da Caatinga são adaptadas às características climáticas da região, de chuvas irregulares e alto índice de evaporação. Nesse contexto, ele acrescenta que um dos problemas no Semiárido é o cultivo de plantas de outras regiões, que não possuem o poder de captação e armazenamento de água, além de serem menos nutritivas para a alimentação animal.
Para o engenheiro agrônomo e coordenador do Irpaa, Haroldo Schistek, as plantas nativas da Caatinga são adaptadas às características climáticas da região, de chuvas irregulares e alto índice de evaporação. Nesse contexto, ele acrescenta que um dos problemas no Semiárido é o cultivo de plantas de outras regiões, que não possuem o poder de captação e armazenamento de água, além de serem menos nutritivas para a alimentação animal.
“No mês de setembro, com tudo seco e o céu azul, o umbuzeiro está cheio de flor. Então o umbuzeiro aprendeu que a seca não é nenhum problema, é um tempo de utilizar a água que ficou armazenada. Quando há chuva, ele acorda para se reproduzir. Com um exemplo desses, por que os seres humanos deveriam ficar tão preocupados com a estiagem?”, indaga Moacir dos Santos, agricultor e coordenador do Eixo de Produção do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), uma organização da sociedade civil que atua no sertão da Bahia e faz parte da ASA.
Longe de Brasília, onde parlamentares discutem a possibilidade do tardio reconhecimento da Caatinga como patrimônio do país, Alcides Nascimento, é um daqueles agricultores que aprende com a natureza a partir da observação do comportamento das plantas da Caatinga.
Seu Alcides mora com a esposa e três filhos na comunidade Ouricuri, no município baiano de Uauá, e alega que não está passando por um momento de seca (fenômeno social que produz fome e sede) e sim de estiagem (fenômeno natural). Mesmo com a falta prolongada de chuvas, ele afirma que está conseguindo passar bem esse momento porque cuida da vegetação nativa da sua propriedade.
“Deus criou o período de estiagem para o descanso do agricultor, quando chove, nós devemos nos prevenir e estocar tudo que podemos para nós e os animais. Temos que calcular o que vamos precisar e para isso temos que ter as áreas soltas de Caatinga”, ensina Alcides.
Já a agricultora Maria Viana, do sítio Bezerros, no município de Ouricuri, em Pernambuco, prioriza os animais catingueiros às próprias atividades rurais. Ao lembrar das centenas de aves que comeram o plantio dela anos atrás, Maria conta que não seguiu os conselhos de outras pessoas para matar as aves: “Já que elas não tinham o que comer, iam comer aqui mesmo.” Após anos de preservação, a agricultora colhe os frutos de uma área produtiva povoada de animais, antes ameaçados pela caça.
No interior do Ceará, no município de Xoró, na comunidade de Riacho do Meio, o agricultor João Félix atesta que a preservação da Caatinga nativa evita problemas no trabalho realizado nos quintais e no roçado. Com quase uma década de práticas agroecológicas, João apreendeu os processos sistêmicos do ambiente. “Os animais formam uma cadeia, se eu tiro um, prejudico os outros. Se eu mato um, estou tirando o alimento de outro”.
A teoria de João Felix tem base empírica, vivida na própria localidade. “Quando a gente chegou aqui, tinha uma perseguição muito grande do carcará com os animais de terreiro. Então a gente percebeu que hoje, depois dessa conservação, apareceu muito mocó, muito cumaré e outros animais. Então o carcará não vem mais aqui”, atesta o agricultor agroecológico.
Recaatingamento – O Irpaa está trabalhando com o termo e conceito do recaatingamento para designar a recuperação de áreas degradadas do bioma. De acordo com Moacir dos Santos a expressão é mais adequada para a região porque está mais próxima da identidade local e evita concepções indesejadas. “Ao falar de reflorestamento, muita gente lembra da Amazônia ou da Mata Atlântica, além disso, tem gente que pensa logo na plantação de eucaliptos”, declara Moacir.
Daniel Lamir - ASACom
Fonte: www.asabrasil.org.br
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Cursos do Projeto Cisternas são realizados em Euclides da Cunha
O SAJUC (Serviço de Assistência Socioambiental no Campo e Cidade), entidade filiada à Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) está executando no município de Euclides da Cunha, o Projeto Cisternas, um convênio com o Governo da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (SEDES).
Com essa iniciativa, mais de
1300 famílias estão recebendo cisternas de placas para captação e armazenamento
de água, com capacidade de 16 mil litros com a finalidade de servir para o
consumo humano. Além das construções, diversas capacitações estão sendo
realizadas com o objetivo de fomentar o uso racional da água, evitar doenças que
o uso inadequado pode causar e contribuir na formação cidadã das famílias
beneficiadas.
Nesses dias 25 e 26 de abril
de 2013, um curso reúne agentes comunitários de saúde que atuam em comunidades
rurais de Euclides da Cunha, para capacitá-los a orientar as famílias na
conservação da água das cisternas, como explica André Rocha, educador popular e
responsável pela capacitação: “Após a
construção, a entidade que executa o projeto muitas vezes não atua diretamente
na comunidade, por isso capacitamos os agentes de saúde, que são pessoas que
trabalham com as famílias e poderão orientá-las quanto ao uso racional da água
e como evitar doenças, tudo isso na perspectiva da convivência com o Semiárido”.
A construção das cisternas
em Euclides da Cunha iniciou no Distrito de Ruilândia, onde nestes dias 27 e 28
de abril, o SAJUC realiza um curso com jovens de comunidades rurais para a confecção
de bombas manuais, equipamentos que são instalados nas cisternas depois do
acabamento, para que a família tire água do reservatório sem necessidade de vasilhas
ou baldes, o que evita o risco de contaminação.
Vinicius Gonçalves
Comunicação – SAJUC
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Dia da Caatinga: Juazeiro sedia Seminário nesta sexta (26)
Com o tema “Educação Ambiental e a
Caatinga: Contexto, Convivência e Sustentabilidade”, a Associação de
Desenvolvimento e Ação Comunitária – Adac e a Prefeitura de Juazeiro,
por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Desenvolvimento Rural e
Meio Ambiente – Seadruma realizarão uma programação alusiva à Política
Nacional Educação Ambiental e ao Dia Nacional da Caatinga. O Seminário
acontecerá no próximo dia 26 de abril (sexta-feira), das 08:00h às
13:00h, no auditório da Uneb-Campus III.
O evento tem como objetivo apresentar e
discutir questões relativas às Políticas de Educação Ambiental e de
proteção, conservação e restauração do bioma Caatinga, além de promover
reflexões acerca dos 14 anos da Lei da Política Nacional de Educação
Ambiental (em 27/04) e dos 10 anos do Dia Nacional da Caatinga (em
28/04).
Conquista
No dia 27 de abril de 1999 foi
sancionada a Lei 9.795 que instituiu a Política Nacional de Educação
Ambiental após tramitação no Congresso Nacional por cerca de duas
décadas de discussões envolvendo organizações governamentais e sociedade
civil. A referida Lei define conceitos, princípios e parâmetros para
Educação Ambiental formal e não-formal.
Desde 20 de agosto de 2003, foi assinado o Decreto pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, estabelecendo 28 de abril como o Dia Nacional da Caatinga, visando estimular tanto a sociedade quanto o governo a discutirem sobre a realidade dessa região. A data em questão é uma homenagem ao agrônomo, ambientalista e ecólogo João Vasconcelos Sobrinho.
No cerne dessa questão está a Educação Contextualizada para Convivência com o Semiárido relacionada às problemáticas socioambientais e ao desenvolvimento sustentável, envolvendo-se diretamente com a melhoria das condições de vida das pessoas que vivem nessa região. Desse modo, a contextualização não se limita ao espaço físico e à dimensão da objetividade. Ela envolve também regimes de signos, fluidos e componentes de subjetividades dos povos do Semiárido.
Fonte: www.irpaa.org
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Com o objetivo de avaliar suas ações e
realizar o planejamento anual de atividades, o Fórum de Comunicação do
Sertão do São Francisco promoveu neste final de semana um encontro
envolvendo as cidades que compõem o Território de Identidade do Sertão
do São Francisco.
Para Delaídes Paixão, da rádio
comunitária Curaçá FM, estudante de jornalismo e membro da secretaria
executiva do Fórum, o encontro foi produtivo, porque o grupo conseguiu
realizar em dois dias todo o planejamento para 2013 e ações de longo
prazo para os próximos anos. “Além de nosso planejamento anual, eu sinto
que existe maior unidade entre as pessoas e instituições que fazem
parte do Fórum”, disse.
Na sexta-feira, participantes dos
diversos municípios que fazem parte do Território foram recepcionados
por moradores de Campo Alegre de Lourdes, cidade que recebeu o encontro.
O evento teve início no sábado, 20, pela manhã, com dinâmicas que
buscaram fazer uma leitura crítica sobre as representações do Semiárido
na mídia e como os participantes enxergavam este mesmo local, a partir
da sua concepção.
Ainda pela manhã, foi abordado o papel
do Fórum de Comunicação, seus avanços e estratégias em defesa de
políticas para a comunicação e a tarde grupos de trabalho pensaram ações
de planejamento para o ano.
No domingo, 21, houve nova discussão das
ações e deliberação da agenda. Dentre os projetos propostos, a criação
de um Observatório de Mídias do Sertão, um projeto de Educomunicação
para escolas do Território e espaços não formais de aprendizado, como
associações, cooperativas, sindicatos e ongs.
Lucas Emanoel, 18 anos, mora em Campo
Alegre de Lourdes e participa do grupo de Jovens Unidos Lutando por
Liberdade, que possui um histórico de 30 anos na comunidade. Lucas
participou de todos os espaços do encontro e se mostrou entusiasmado com
as possibilidades que a educomunicação pode trazer para seu município.
“Agora eu tenho uma visão mais ampliada do que posso fazer pela minha
comunidade, através do meu blog, por exemplo, mostrando nossas
experiências locais”, pontuou.
Ainda de acordo com Delaídes Paixão,
“quem quiser conhecer nosso modo de trabalho e atuação, pode visitar
nosso endereço na internet, comunicasertaoba.blogspot.com.br, é lá que
dispomos nossos documentos de base, notícias e informes”, esclareceu.
Por : Juliano Ferreira- Graduando em
Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo em Multimeios
Universidade do Estado da Bahia - Campus III - Juazeiro
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Curso capacita pedreiros na construção de cisternas de placas
Famílias da comunidade de Ruilândia, município de Euclides da Cunha no semiárido da Bahia, receberam uma turma de pedreiros em um curso para capacitá-los na construção de cisternas de placas, através do Projeto Cisternas, realizado pelo SAJUC - Serviço de Assistência Socioambiental no Campo e Cidade, em convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Social do Governo da Bahia.
Durante o curso, os pedreiros foram treinados em
todas as etapas da construção, iniciando com a fabricação de placas e caibros,
construção da base do fundo da cisterna, levantamento da alvenaria, cobertura e
acabamento da construção. Todas essas etapas foram monitoradas pelo pedreiro/instrutor Manoel Gomes, com oito anos de experiência em construção de cisternas de placas, que durante cinco dias, de 04 a 08 de abril, repassou seus principais conhecimentos para os participantes, que a partir desse curso, tornam-se aptos a tambem construir essa tecnologia, como declara Manoel Gomes: "Após o curso, eles poderão construir cisternas, pois assim como eles, tambem tive que aprender, não esperava chegar nesse nível de até mesmo ser instrutor, isso é importante pra gente na nossa profissão".
Para José Carvalho, 59 anos, um dos pedreiros capacitados, o curso foi um grande aprendizado: "Eu já construi caixas de tijolos e cimento, mas nunca havia trabalhado com cisterna de placa, de agora em diante pretendo trabalhar, vimos na prática que é mais rápido e o serviço é mais seguro", declara.
O curso de pedreiros foi uma das atividades previstas no Projeto Cisternas, que objetiva beneficiar 1321 famílias de comunidades rurais do município de Euclides da Cunha, com capacitações e a construção de cisternas para captação e armazenamento de água das chuvas para o consumo humano, reservatórios com a capacidade de 16 mil litros de água.
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